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Ajustamento em tempo real das condições ambientais de alojamento tendo em conta o bem-estar animal

Um mundo cada vez mais exigente em alimentos de qualidade, produzidos em respeito pelo bem-estar animal, e por princípios de ética e responsabilidade social e ambiental, obriga a um especial cuidado com a racionalização de custos e a um aumento da eficiência no uso dos fatores de produção e das cadeias de valor. Se, por um lado, intensificar a produção, prosseguindo objetivos de auto-abastecimento ou de maior competitividade, pode potenciar uma eventual diminuição das condições de bem-estar animal, por outro, a pouca atenção dada ao bem-estar animal é um fator que concorre para uma menor eficiência produtiva e, em consequência, para a quebra dos resultados económicos e para a perda de competitividade.

Adicionalmente, a questão do bem-estar animal é também uma preocupação crescente da sociedade e dos consumidores, os quais procuram qualidade e não apenas preço, em produtos diferenciados, exigindo uma conduta humanitária no tratamento dos animais, no que diz respeito à produção, transporte e abate.

Pela sua importância na atividade pecuária nacional, onde representa aproximadamente 25% do produto animal bruto, e 10% do produto agrícola bruto, e pela necessidade de mudança, de crescer, de se reorganizar e de se redimensionar, a Suinicultura é excelente exemplo de caso de estudo,no âmbito da produção eficiente de carne/proteína tendo em conta: o bem-estar animal,  o seu potencial na geração de emprego e riqueza, o seu  contributo para a sustentabilidade e ocupação do espaço rural, em harmonia com os interesses do território e do ambiente.

No entanto, são necessárias mudanças assentes na inovação e na criação de conhecimento, que permitam fazer face a alguns desafios atuais neste sector, designadamente:

  • os desafios do sector, sobretudo os relacionados com a quebra de efectivo (-20%) e auto-suficiência em carne de porco (-35%);
  • a segmentação de ciclo e a deslocalização da fase de crescimento e engorda para a região do Alentejo;
  • a perda de competitividade relativamente a outros países da União Europeia, onde o licenciamento do bem-estar animal, ambiental, da qualidade e segurança alimentar está na ordem do dia de qualquer exploração;
  • a Lei de emissões para a atmosfera de gases como o metano e amoníaco;
  • a qualidade das edificações e dos sistemas de tratamento de efluentes, com a importância crescente dos sistemas de condicionamento ambiental, face às alterações climáticas.

 

A produção eficiente de carne de porco, tendo em conta o bem-estar animal, em particular na região Alentejo, onde se localiza quase metade de efetivo pecuário (45%) e encontra a maior parte de explorações (28%), e as de maior dimensão, e onde as condições climáticas são extremas, exige a monitorização de um conjunto de variáveis ambientais e fisiológicasque impactam nos resultados económicos de uma exploração e no acesso aos mercados.

Publicado em 15.11.2018